"Aqui se planta, aqui se colhe, mas pra flor nascer é preciso que se molhe É preciso que se regue pra nascer a flor da paz É preciso que se entregue com amor e muito mais. É preciso muita coisa, e que muita coisa mude Muita força de vontade e atitude Pra poder colher a paz tem que correr atrás. E tem que ser ligeiro! Pra poder colher a fruta é preciso ir à luta. E tem que ser guerreiro! Refrão: Pela paz a gente canta, a gente berra. Pela paz eu faço mais. Eu faço guerra. Eu vou a luta, eu vou armado de coragem e consciência Amor e esperança A injustiça é a pior das violências Eu quero paz, eu quero mudança. Dignidade pra todo cidadão Mais respeito, menos discriminação Desigualdade, não. Impunidade, não Não me acostumo com essa acomodação. Eu me incomodo e não consigo ser assim, por que e preciso da paz Mas a paz também precisa de mim. A paz precisa de nós. Da nossa luta, da nossa voz. Paz, aonde tu estás? Aonde você vive? Aonde você jaz? Onde você mora? Onde te encontramos? Onde você chora? Onde nós estamos? Onde te enterramos? Que lar você habita? Onde nós erramos? Volta, ressuscita. Será que a paz morreu, será que a paz tá morta? Será que não ouvimos quando a paz bateu na porta? A paz que não tem vaga, na porta da escola A paz vendendo bala, a paz pedindo esmola A paz cheirando cola, virando adolescência Atrás de uma pistola virando violência. Será que a paz existe, será que a paz é triste? Será que a paz se cansa da miséria e desiste? A paz que não tem vez, a paz que não trabalha A paz fazendo bico, ganhando uma migalha No fio da navalha, dormindo no jornal Atrás de ma metralha virando marginal Refrão: Pela paz a gente canta, a gente berra. Pela paz eu faço mais. Eu faço guerra. Será que a paz ataca, será que a paz tá fraca? Será que a paz quer mais do que viver numa barraca? A paz que não tem terra, a paz que não tem nada A paz que só se ferra, a paz desesperada A paz que é massacrada lutando por justiça Atrás de uma enxada, virando terrorista Será que a paz assusta, será que a paz é justa? Será que a paz tem preço? Quanto é que o preço custa? A paz que não tem raça nem boa aparência A paz não vem de graça, a paz é conseqüência A paz que a gente faz, sem peso e sem medida Atrás dessa fumaça, paz virando vida. A paz que não tem prazo, a paz que pede urgência Não vai ser por acaso. A paz é conseqüência Não é coincidência nem coisa parecida A paz a gente faz, feito um prato de comida. Refrão: Pela paz a gente canta, a gente berra. Pela paz eu faço mais. Eu faço guerra. Eu vou a luta, eu vou armado de coragem e consciência Amor e esperança A injustiça é a pior das violências Eu quero paz, eu quero mudança. A violência não é só dos traficantes A covardia não é só dos policiais A violência também é dos governantes Dos homens importantes Não sei quem mata mais Como é que a gente faz Pra medir a violência na emergência dos hospitais? A dor e o sofrimento Os filhos que não nascem, os pais que morrem sem atendimento? Qual é a gravidade Do roubo milionário praticado por alguma autoridade Que tem imunidade, que compra a liberdade? Enquanto o cidadão honesto vive atrás das grades Com medo de um assalto à mão armada Pagando imposto alto e não recebendo nada Qual é o grau do perigo Da falta de escola e de emprego, de prisão e de abrigo? Qual é o pior inimigo Os pais da corrupção ou os filhos do mendigo? Quem é o grande culpado O ladrão, que tem cem anos de perdão, ou você, que vota errado? Refrão: Pela paz a gente canta, a gente berra. Pela paz eu faço mais. Eu faço guerra."

Por: Luciene Costa


É importante ressaltar que existem sim,formas para combater esses crimes.Afinal,não existirá a luz,se não houver a escuridão.Qual seria então uma alternativa para diminuir os índices de violência urbana e criminalidade no mundo?se houver uma cultura de paz entre os povos com solidariedade,união,a violência será amenizada e,futuramente,a igualdade social ajudará os que vivem em condiçoes precárias.


Por: Luciene Costa

Nos dias de hoje o que mais ouvimos é a palavra violência. ,seja na televisão, rádio,conversas com amigos, vizinhos, etc. Para viver em paz não existe uma fórmula mágica, mas quem sabe se cada um de nós, com muita boa vontade possam amenizar essa situação no mundo?Um pequeno gesto pode fazer a diferença para proporcionar mais alegria e felicidade na vida de cada um. Não devemos colocar a culpa somente no governo, eles também são seres humanos, por que ao invés de acusarmos não procuramos formas para combater essas barbaridades?É sensato dizer que eles têm também uma parcela de culpa em relação a esses assuntos, mas iremos esperar até quando para resolver esta situação?Se não podemos contar com o Estado, com quem iremos contar?Com nós mesmos, como se diz o ditado: a união faz a força. Penso que se todos deixassem de lado a hipocrisia, egoísmo, à competitividade, dentre tantos outros fatores, o mundo seria melhor.
É muito interessante quando o cantor num trecho diz: “Talvez você diga que eu sou um sonhador, mas não sou o único. Desejo que um dia você se junte a nós e o mundo, então, será como um só.” Além de Jonhn Lennon existiram por exempro inúmeros líderes da paz, como Mahtama Gandhi, Bertrand Russel, Martin Luther King, Madre Tereza de Calcutá, dentre outros. Essas pessoas foram e continuam a ser exemplo de pessoas que tinham ideais, metas a ser alcançadas. Se eles tiveram força de vontade para lutar pelos direitos humanos, por que nós não lutaremos?John Lennon, dentre tantas outras pessoas era sonhadores, (as). É possível que tornemos esses sonhos em realidade, basta querermos.

Por Luciene Costa

Achei esse reggae bastante interessante,pois retrata a verdadeira situação do Brasil.A cantora promove a paz para as pessoas,mas para isso ocorrer é preciso que sejamos mais solidários,respeitosos com o próximo,que ensinemos as acrianças a maneira certa de se amar...

Por Luciene Costa

Violêcia Infantil


Trata-se de uma forma cruel de violência pois a vítima é incapaz de se defender.
Uma pesquisa inédita realizada por professores do Departamento de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto mostrou que o número de casos de violência contra crianças é maior do que as estatísticas divulgada pelos órgãos oficiais. O trabalho também mostra que, diferentemente do que muitas pessoas pensam, a violência doméstica atinge todas as classes sociais. A professora e psicóloga Marina Rezende Bazon pesquisou a violência doméstica contra crianças em escolas públicas e privadas de 25 cidades da região. As entrevistas foram feitas com os professores porque, segundo a pesquisadora, eles conseguem identificar melhor os sinais de maus tratos. A taxa de violência infantil encontrada na pesquisa foi maior do que a divulgada pelos órgãos oficiais. Em Ribeirão Preto, por exemplo, em média, 5,7% das crianças, de zero a dez anos sofrem maus tratos. A pesquisa revelou que as cidades com taxas mais altas de violência são as possuem menor número de moradores. Na região de Ribeirão Preto, em Santa Cruz da Esperança, 10% das crianças entre zero e dez anos são vítimas de violência doméstica. Já em Santo Antônio da Alegria, o índice é de 9% e, em Dumond, de 7%. Os dados mostram também que em Ribeirão Preto 8% das crianças de zero a seis anos sofrem mais com a negligência. Já 3,9% das crianças na faixa entre sete e dez anos são vítimas de agressões físicas. Segundo a psicóloga, a violência infantil é registrada em todas as classes sociais, com a mesma probabilidade. Marina Rezende Bazon compara a gravidade dos números revelados na pesquisa com o índice de Aids no Brasil. “A taxa de casos Aids no Brasil chega a 0,65%. E só em Ribeirão Preto, a taxa de violência infantil é de 5,7%”, analisa. Os números mostrados na pesquisa são comprovados nos abrigos da cidade. No Centro de Apoio a Criança Vitimizada de Ribeirão Preto (Cacav), que atualmente abriga 55 crianças vítimas de violência doméstica, a capacidade é para 50 crianças e adolescentes entre dois e 18 anos. A casa recebe, em média, dez novos casos por mês. De todos as crianças atendidas neste ano, em 57% dos casos, o motivo era a negligência dos pais. A coordenadora técnica do Cacav, Marilda Cardoso de Almeida Iara, diz que a função do abrigo é fazer com que os pais se cheguem a um entendimento com os filhos. “Nós tentamos resgatar esse vínculo, ou seja, ensinar pais a atuarem como pais”, explica.

Por Luise Bulcão

Violência contra a mulher



Existem vários tipos de armas utilizadas na violência contra a mulher, como: a lesão corporal, que é a agressão física, como socos, pontapés, bofetões, entre outros; o estupro ou violência carnal, sendo todo atentado contra o pudor de pessoa de outro sexo, por meio de força física, ou grave ameaça, com a intenção de satisfazer nela desejos lascivos, ou atos de luxúria; ameaça de morte ou qualquer outro mal, feitas por gestos, palavras ou por escrito; abandono material, quando o homem, não reconhece a paternidade, obrigando assim a mulher, entrar com uma ação de investigação de paternidade, para poder receber pensão alimentícia. Mas nem todos deixam marcas físicas, como as ofensas verbais e morais, que causam dores,que superam, a dor física. Humilhações, torturas, abandono, etc, são considerados pequenos assassinatos diários, difíceis de superar e praticamente impossíveis de prevenir, fazendo com que as mulheres percam a referencia de cidadania. A violência contra a mulher, não esta restrita a um certo meio, não escolhendo raça, idade ou condição social. A grande diferença é que entre as pessoas de maior poder financeiro, as mulheres, acabam se calando contra a violência recebida por elas, talvez por medo, vergonha ou até mesmo por dependência financeira. Atualmente existe a Delegacia de Defesa da Mulher, que recebe todas as queixas de violência contra as mulheres, investigando e punindo os agressores. Como em toda a Polícia Civil, o registro das ocorrências, ou seja, a queixa é feita através de um Boletim de Ocorrência, que é um documento essencialmente informativo, todas as informações sobre o ocorrido visam instruir a autoridade policial, qual a tipicidade penal e como proceder nas investigações. Toda a mulher violentada física ou moralmente, deve ter a coragem para denunciar o agressor, pois agindo assim ela esta se protegendo contra futuras agressões, e serve como exemplo para outras mulheres, pois enquanto houver a ocultação do crime sofrido, não vamos encontrar soluções para o problema. A população deve exigir do Governo leis severas e firmes, não adianta se iludir achando que esse é um problema sem solução. Uma vez violentada, talvez ela nunca mais volte a ser a mesma de outrora, sua vida estará margeada de medo e vergonha, sem amor próprio, deixando de ser um membro da comunidade, para viver no seu próprio mundo. A liberdade e a justiça, são um bem que necessita de condições essenciais para que floresça, ninguém vive sozinho. A felicidade de uma pessoa esta em amar e ser amada. Devemos cultivar a vida, denunciando todos os tipos de agressões (violência) sofridas.

Por Luise Bulcão

Tipos de violência

Violência contra a mulher - é qualquer conduta - ação ou omissão - de discriminação, agressão ou coerção, ocasionada pelo simples fato de a vítima ser mulher e que cause dano, morte, constrangimento, limitação, sofrimento físico, sexual, moral, psicológico, social, político ou econômico ou perda patrimonial. Essa violência pode acontecer tanto em espaços públicos como privados.
Violência de gênero - violência sofrida pelo fato de se ser mulher, sem distinção de raça, classe social, religião, idade ou qualquer outra condição, produto de um sistema social que subordina o sexo feminino.
Violência doméstica - quando ocorre em casa, no ambiente doméstico, ou em uma relação de familiaridade, afetividade ou coabitação.
Violência familiar - violência que acontece dentro da família, ou seja, nas relações entre os membros da comunidade familiar, formada por vínculos de parentesco natural (pai, mãe, filha etc.) ou civil (marido, sogra, padrasto ou outros), por afinidade (por exemplo, o primo ou tio do marido) ou afetividade (amigo ou amiga que more na mesma casa).
Violência física - ação ou omissão que coloque em risco ou cause dano à integridade física de uma pessoa.
Violência institucional - tipo de violência motivada por desigualdades (de gênero, étnico-raciais, econômicas etc.) predominantes em diferentes sociedades. Essas desigualdades se formalizam e institucionalizam nas diferentes organizações privadas e aparelhos estatais, como também nos diferentes grupos que constituem essas sociedades.
Violência intrafamiliar/violência doméstica - açontece dentro de casa ou unidade doméstica e geralmente é praticada por um membro da família que viva com a vítima. As agressões domésticas incluem: abuso físico, sexual e psicológico, a negligência e o abandono.
Violência moral - ação destinada a caluniar, difamar ou injuriar a honra ou a reputação da mulher.
Violência patrimonial - ato de violência que implique dano, perda, subtração, destruição ou retenção de objetos, documentos pessoais, bens e valores.
Violência psicológica - ação ou omissão destinada a degradar ou controlar as ações, comportamentos, crenças e decisões de outra pessoa por meio de intimidação, manipulação, ameaça direta ou indireta, humilhação, isolamento ou qualquer outra conduta que implique prejuízo à saúde psicológica, à autodeterminação ou ao desenvolvimento pessoal.
Violência sexual - acão que obriga uma pessoa a manter contato sexual, físico ou verbal, ou a participar de outras relações sexuais com uso da força, intimidação, coerção, chantagem, suborno, manipulação, ameaça ou qualquer outro mecanismo que anule ou limite a vontade pessoal. Considera-se como violência sexual também o fato de o agressor obrigar a vítima a realizar alguns desses atos com terceiros.
Consta ainda do Código Penal Brasileiro: a violência sexual pode ser caracterizada de forma física, psicológica ou com ameaça, compreendendo o estupro, a tentativa de estupro, o atentado violento ao pudor e o ato obsceno.

Por Luise Bulcão

Desarmamento



Há uma grande correlação entre o porte de armas pela população e a violência urbana, o que já foi comprovado pela polícia de Nova Iorque (E.U.A.), de Johannesburgo (África do Sul) e de São Paulo. Na década de 90, o Brasil foi responsável por cerca de 12% das mortes por arma de fogo registradas no mundo. Pesquisa realizada pelo Ilanud, da Organização das Nações Unidas (ONU), em parceria com o Datafolha, em 1997, mostrava que nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro existiam 2,5 milhões de armas registradas, na época. Isto sem falar nas clandestinas. Esse trabalho apontou que o cidadão que mais se arma, legalmente, tem curso superior e rendimentos acima de R$2.300,00.

A polêmica sobre o porte de armas pela população não tem consenso nem mesmo dentro da esfera jurídica, na qual há vários entendimentos como: “o cidadão tem direito a reagir em legítima defesa, e não pode ser cerceado seu acesso aos instrumentos de defesa”, ou “a utilização da força é direito exclusivo do Estado”, ou “o armamento pela população mostra que o Estado é incapaz de garantir a segurança pública”. Independente do quão caloroso seja o debate, as estatísticas estão corretas: mais armas potencializam a ocorrência de crimes, sobretudo num ambiente em que essas sejam obtidas por meios clandestinos. A partir daí, qualquer fato corriqueiro pode tornar-se letal.
O porte de arma pelo cidadão pode dar uma falsa sensação de segurança, mas na realidade é o caminho mais curto para os registros de assaltos com morte de seu portador. No caso de abordagem por um assaltante, o cidadão armado tem dois segundos para reagir com chance de sucesso, caso contrário torna-se vítima e sua arma vai alimentar a ilegalidade.

O fácil acesso às armas deu um novo status aos pequenos delitos, que passaram a ser letais, além de aumentar consideravelmente o poderio da marginalidade frente ao das polícias.

As armas estão fazendo parte do cotidiano dos grandes centros urbanos brasileiros, o que traz com freqüência os relatos de tragédias em sua utilização até mesmo nas pequenas querelas entre cidadãos.
O porte ilegal de arma é crime, de acordo com a legislação brasileira, e o porte legal de armas é bastante restrito.

A presença de arma em casa tem elevado os registros de violência contra a mulher, como decorrência da agressão física e sexual. As crianças também são numerosas vítimas de acidentes domésticos com armas de fogo. Ter armas no domicílio requer uma série de cuidados, a exemplo do cadeado no gatilho, que acaba inviabilizando uma reação rápida no caso de assalto.

O tratamento da vítima de violência armada é sempre traumático, pois deixa seqüelas psicológicas e físicas — que normalmente são a invalidez permanente (paraplegia). Os jovens de 18 a 26 anos são as maiores vítimas do armamento e dessa modalidade de violência, que, em geral, envolve espectadores inocentes que estão nas proximidades das ocorrências, em evento conhecido como “bala perdida”.

As campanhas a favor do desarmamento têm como finalidade conscientizar a sociedade de que o porte indiscriminado de armas aumenta a violência, o número de vítimas e o armamento da marginalidade. O cidadão precisa saber que ter uma arma não significa estar menos vulnerável à violência urbana.
É dever do Estado controlar o abastecimento do mercado de armas e zelar pelas restrições de sua posse e uso, bem como acabar com o fornecimento clandestino. A proliferação de armas de fogo favorece a desestabilização política e, dentre as suas conseqüências, estão o agravamento dos custos públicos com a violência urbana. Toda política de desarmamento passa também por Programas de Educação Pública.

Luise Bulcão

Violência

Nos últimos anos, a sociedade brasileira entrou no grupo das sociedades mais violentas do mundo. Hoje, o país tem altíssimos índices de violência urbana (violências praticadas nas ruas, como assaltos, seqüestros, extermínios, etc.); violência doméstica (praticadas no próprio lar); violência familiar e violência contra a mulher, que, em geral, é praticada pelo marido, namorado, ex-companheiro, etc...

O tempo passa e o Estado não consegue combater a violência. Seu crescimento está se tornando rotina. Hoje o que vemos nos jornais nos espanta, o crime continua se expandindo e a violência toma proporções fora de nosso controle. Precisamos analisar e tentar mudar o uso de drogas, a pobreza, o desemprego, a desestrutura famíliar, grandes diferenças de riqueza, policia ineficiente ou corrupta, má distribuição de renda, entre outros fatores que de certa forma podem gerar violência.

Nós cidadãos somos penalizados pela violência, perdemos nossa liberdade por causa dos presentes riscos no cotidiano.

A violência é um ciclo que começa e termina nele mesmo, sem beneficio para ninguém, a não ser para os líderes do crime organizado, na exploração daqueles que, direta ou indiretamente, foram ou serão suas vítimas.

Luise Bulcão

Essa é a resposta que gostaria de ouvir : onde está o amor nos dias de hoje?Penso que esse sentimento pode desfrutar em cada um de nós,mas para isso depende dos nossos atos,das nossa atitudes.Sabe qual é o problema?o mundo está sendo usado sem escrúpulos,pai mata filha,filha agride mãe e por aí vai.O amor nunca vai surgir se as pessoas agem de forma agressiva."Cara, você tem que deixar o amor seguir,tomar controle da sua mente, e meditar.Deixe sua alma levitar para o amor".É assim que tem que ser.Há uma frase que para mim diz tudo sobre essa música."Mais do que máquinas, precisamos de humanidade; mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura! Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo estará perdido." Esse pensamento é espetacular,Charles Charplin escreveu isto na época em que havia os movimentos fascistas na Europa,pela qual perseguiam ,torturavam e matavam os judeus.Não só naquela época,como hoje ,essa frase serve de exemplo para todos nós.

Por Luciene Costa

"É preciso amar as pessoas como se não houvesse o amanhã,por que se você parar para pensar,na verdade não há."

Por Luciene Costa

Por: Luciene Costa

Mas o que mobiliza tantas pessoasRio de Janeiro, 1997Nascimento (Wagner Moura), capitão da Tropa de Elite do Rio de Janeiro, é designado para chefiar uma das equipes que têm como missão “apaziguar” o Morro do Turano por um motivo que ele considera insensato.Mas ele tem que cumprir as ordens enquanto procura por um substituto. Sua mulher, Rosane (Maria Ribeiro), está no final da gravidez e todos os dias lhe pede para sair da linha de frente do Batalhão.
Pressionado, o capitão sente os efeitos do estresse. Neste clima, é chamado para mais uma emergência num morro. Em meio a um tiroteio em um baile funk, Nascimento e sua equipe têm que resgatar dois aspirantes a oficial da PM: Neto (Caio Junqueira) e Matias (André Ramiro). Ansiosos para entrar em ação e impressionados com a eficiência de seus salvadores, os dois se candidatam ao curso de formação da Tropa de Elite.
A fama de honestos e cheios de energia dos dois jovens já chegou ao Batalhão, que os admite no curso a ser chefiado por Nascimento. O primeiro se destaca pela coragem. O segundo, pela inteligência. Se Nascimento pudesse reunir as duas qualidades num homem só já teria encontrado seu substituto. a assistirem a "Tropa de Elite"? Muita coisa. Debate sobre a instituição policial, miséria, violência, tráfico de drogas, criminalidade e o Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais).

Por: Luciene Costa



Inúmeros relatos apontam o envolvimento de jovens com a criminalidade. Para espanto de muitos, nem sempre o partícipe de crimes graves provém de família paupérrima ou reside num barraco de madeira. Jovens de classe média-alta e os situados no topo da pirâmide social ingressam na delinqüência juvenil, por exemplo, montando esquemas de tráfico de entorpecentes pela internet, envolvidos em receptação de veículos roubados, assaltos, estupros e homicídios. Nem sempre a ausência de estudos e condições de subsistência é o móvel da delinqüência juvenil. Alguns jovens cometem crimes por razões bem menos dignas que a necessidade de saciar a fome: tornam-se criminosos por opção.
Comentário:
Temos a visão de que o criminoso é aquele que é humilde e da periferia. Um engano, no texto e na charge acima vemos que muitos jovens de uma forma geral estão envolvidos com a criminalidade, por esse motivo se pensou no aumento da maioridade penal. Muitos colocam a dificuldade financeira como o o incentivador para a criminalidade, mas então como explicar jovens do topo da pirâmide envolvidos nisso?
Acredito que seja por ambição, ou até mesmo por imaturidade, pois sempre tiveram '' regalias'', estas que te deixaram mimados e achando que são os donos do mundo e que tudo podem fazer. E aqueles da periferia pelo menos tem razões mais concretas de entrarem para criminalidade, afinal eles sofrem preconceitos por serem pobres, há uma grande falta de orportunidade e a FOME, creio que esta seja o principal motivo.

Por: Ludimile Baltazar da Cruz

A insegurança da Sociedade


As pessoas ficam amedrontadas com tamanha violência nas grandes metrópoles. Num ato violento, usa-se a força mais do que o é esperado, de uma maneira brutal. Nessa charge está explícito idéia de que toda a sociedade se protegem o quanto podem para não serem as vítimas das grandes atrocidades (colocam grades nas casas,escondem todos os seus bens para não ser roubado) .A sociedade não só brasileira, como tantas outras, vivem num estado de "choque", ficam na incerteza que se saírem para trabalhar, levar os filhos nas escolas, ou ao ir banco por exemplo, vão voltar para casa vivos.
Isso é a triste realidade do mundo.

Por: Luciene Costa

Música

Olha O Menino - Negra Li

Olha o menino ainda não tem idade
Mais realidade aí a fora filho chora pode ser bem triste
Miséria existe nos quatro cantos da grande cidade
Cheio de coragem, de luta que tem
Vendendo drop's no trem
Hoje em dia outra história
Menino não joga bola, não joga!
Olha o menino na escola... viu?!
Ensinaram que um Pedro descobriu o Brasil
Isqueiro pro pavil
Dinheiro ninguém viu?!
Negreiro pro navio, negreiro!!
É... e pode ser um pesadelo
Olha o menino está perdido por inteiro
Está perdido por inteiro
E o menino tá perdido, tá perdido na ilusão
E o político vendido
Ta vendendo solidão
E a solidão não é solução pra nós
E a solidão não é solução pra nós
Como é que faz pra compreender esse problema
Como e que faz pra resolver não faz esquema
O esquema faz assim
E o seu lema é dim dim
E o menino esquecido até o fim
Olha o menino ainda não tem idade
Mais realidade na criminalidade
Pode ser bem feio daquele jeito
Olha o menino resolvendo
Bate de frente a repressão
Olha o ministro cadê a educação
Olha o menino no jornal televisão
No jornal televisão
Vejo a televisão
Eu sou um cidadão
Faça a reflexão
Não acho sério não
Menino não tem culpa não
Político ladrão "dinheiro não é problema é solução"
Cadê então?
E quem te viu quem te vê, doidão
O que era cinco agora é dez é inflação
O valor é cifrão
Por favor preste atenção
Aqui é Helião
Tamo no mesmo barco na mesma situação
Sou malucão a minha eu faço
E não tô por acaso
E os manos aqui não vão ter dó
Maluco só
Pra não chorar vou falar vou rir
Com a Negra li...HAHA
Eu to aqui...HAHA
Foi bom pra mim se pá
E zona norte brazinlândia
Não é disneilândia
Passei a minha infância toda pro ali
Onde é melhor se respeitar pra não morrer
Não pode se perder
E ainda tem quem pense assim
"maiores são os valores
para nós sobram as dores
pisaram sobres as flores"
periferia e um jardim
Onde se planta amores e as dores!!!
Vou cantar que é pra ver um bom lugar
eu vou...
Vou cantar que é pra ver um bom lugar
Pra ver a vida do menino
Mudar da água pro vinho
Brindar para que abram os caminhos
Vou cantar que é pra ver um bom lugar
eu vou...
Vou cantar que é pra ver um bom lugar
Na humildade hoje e sempre
Maluco só e a gente
É ruim de se quebrar essa corrente.


Eu não pedi pra nascer - Facção Central

Minha mão pequena bate no vidro do carro
No braço se destacam as queimaduras de cigarro, a chuva forte ensopa a a camisa e o short
Qualquer dia a pneumonia me faz tossir até a morte
Uma moeda, um passe me livra do inferno, me faz chegar em casa e não apanhar de fio de ferro
O meu playground não tem balança, escorregador, sua mãe Vadia perguntando quanto você ganhou
Jogando na cara que tento me abortar, que tomou umas 5 injeções pra me tirar
Quando eu era nenê tento me vender uma pa de vez, quase fui criado por um casal inglês
Olho roxo, escoriação, porra, que foi que eu fiz? Pra em vez de tá brincando ta colecionando cicatriz
Porque não pensou antes de abrir as pernas, Filho não nasce pra sofrer não pede pra vir pra Terra.
O seu papel devia ser cuidar de mim, cuidar de mim, cuidar de mim
nao espancar, torturar, machucar, me bater, eu nao pedi pra nasce
O seu papel devia ser cuidar de mim, cuidar de mim, cuidar de mim
Não espancar, torturar, machucar, me bater, eu não pedi pra nascer
Minha goma é suja, louça sem lavar, seringa usada, camisinha em todo lugar
Cabelo despenteado, bafo de aguardente é raro quando ela escova os dentes
Várias armas dos outros moquiadas no teto, na pia mosquitos, baratas, disputam os restos
Cenário ideal pra chocar a UNICEF, Habitat natural onde os assassinos crescem
Eu não queria Playstation nem bicicleta, só ouvir a palavra filho da boca dela
Ouvir o grito da janela A comida tá pronta, não ser espancado pra ficar no farol a noite toda
Qualquer um ora pra Deus pra pedir que ele ajude, dê dinheiro, felicidade, saúde
Eu oro pra pedir coragem e ódio em dobro pra amarrar minha mãe na cama por querosene e meter fogo
O seu papel devia ser cuidar de mim, cuidar de mim, cuidar de mim
nao espancar, torturar, machucar, me bater, eu nao pedi pra nasce
O seu papel devia ser cuidar de mim, cuidar de mim, cuidar de mim
nao espancar, torturar, machucar, me bater, eu nao pedi pra nasce
Outro dia a infância dominou meu coração, gastei o dinheiro que eu ganhei com um album do Timão
Queria ser criança normal que ninguém pune, que pula amarelinha, joga bolinha de gude
Cansei de só olhar o parquinho ali perto, senti inveja dos moleque fazendo castelo
Foda-se se eu vou morrer por isso, Obrigado meu Deus por um dia de Sorriso
A noite as costas arderam no coro da cinta, tacou minha cabeça no chão
Batia, Batia, me fez engolir figurinha por figurinha
Espetou meu corpo inteiro com uma faca de cozinha
Olhei pro teto vi as armas num pacote, subi na mesa catei logo a Glock
Mãe, devia te matar mas não sou igual você, invés de me sujar com seu sangue eu prefiro morrer....


Reflexão: As duas músicas falam de crianças que não tiveram oportunidades na vida, que precisam ir para as ruas pedir esmola ou trabalhar para ajudar seus pais em casa, ou até mesmo para sustentar os vícios deles.
Na segunda música de Facção Central, podemos perceber a realidade de um menino que a mãe é viciada em drogas e não trabalha. Obriga ele ir para as ruas pedir esmola e quando não trás dinheiro para casa, espanca ele, e com isso essa criança cresce revoltada com a mãe, com o mundo e com a vida e se mata.
Essa é a realidade de muitas outras crianças, que vivem nas periferias, não estudam, tem pais viciados que não ligam para eles, e muitas vezes eles procuram uma maneira de" se livrar " desses problemas, e encontram as DROGAS. No caso do Brasil o percentual das crianças de rua que mendigam para conseguir dinheiro para comprar e consumir drogas é altíssimo, e em decorrência do uso de drogas as crianças sofrem violência física, sexual e social, passam a viver isoladas e predispostas ao crime, sem contar os danos físicos que vão dos cerebrais até psicoses pela dependência, passando pela depressão, tudo isto aliado ao grande risco da contaminação por doenças transmissíveis como a AIDS e a Hepatite, pelo uso de seringas.
O problema das crianças de rua é gravíssimo e deve merecer atenção especial da sociedade e das autoridades, sob pena de continuarmos vendo em nossas cidades tristes cenas de meninos e meninas de rua mendigando indiretamente por drogas.


Por: Lorena Agnes

Como combater a criminalidade infantil ?

Padre José Maia -
A primeira forma de combater a criminalidade infantil é voltar a centrar na família a educação e o acompanhamento afectivo, disciplinar e de convivência das crianças. Outra forma consiste em ajudá-los a criar laços com os amigos. A criminalidade, como se sabe, tem muito a ver com a insegurança e a falta de afectos...
Laura Esperança, Empresária-
Essencialmente pela educação e pela formação das crianças e dos pais. Falta, por isso, dar maior apoio às famílias. É preciso fazer-lhes crer que o mundo é bom e que vale a pena viver. Isso consegue-se se a sociedade for capaz de lhes oferecer qualidade de vida e se lhes conseguir incutir valores e perspectivas de futuro.
Carlos Pereira, Empresário -
Essencialmente, através de uma política de grupo, da identificação e estudo social dos gangues e de um acompanhamento real a ser efectuado por assistentes sociais. E também através da educação familiar e escolar, funcionando esta como pólo de prevenção. No caso concreto, por se tratar de crianças, as penas criminais não levam a nada.
João Lopes, Professor -
Inverter as formas trágicas de parentalidade (abandono, negligência e desinteresse) será talvez a forma mais eficaz de enfrentar o problema. Estas crianças ficam, desde novas, entregues a si próprias, à rua e a pares com comportamentos de elevado risco, que são valorizados e que os valorizam. A escola não o faz, os pais e a sociedade ainda menos.
Octávio Cunha, Pediatra -
Não é fácil combater a criminalidade infantil. Esta é relacionada com a loucura dos adultos. Os pais têm cada vez menos tempo para as crianças, deixando-as muitas vezes sós na rua. Para além desta falta de acompanhamento a nível familiar, a solidão que a criança sente está muitas vezes por trás de situações criminosas.

Minha opinião:
Como eu acredito que as principais causas da criminalidade e violência são as desigualdades sociais e também a desestruturação familiar, no sentido da ausência de participação dos pais na vida dos seus filhos, para mim a solução estaria em dar importância a esses fatores.
Com a diminuição das desigualdades entre os homens e uma participação afetiva da família na vida dos jovens, buscando auxiliá-los, o nível de criminalidade infantil seria reduzido.

Por: Isadora Queiroz

Dicas de Filme




Crianças Invisíveis - Retrato da cruel realidade na versão de diretores famosos mostram uma infância que ninguém deveria viver.
Ambientado em vários países, representa uma diversidade do mundo cruel onde crianças jamais deveriam viver. Cada diretor teve oportunidade de retratar histórias onde os protagonistas são crianças tendo que lidar com a dura realidade, onde crescer parece ser a única alternativa. Tramas diferentes com mensagens similares, visões distintas que realçam uma triste realidade nua e crua em lugares como Nápoles, São Paulo, Nova York, África e China (estas duas últimas não deixam claro o local). A concepção do filme merece aplausos. O único "porém" cabe a um problema recorrente na maioria dos filmes de episódios: a irregularidade. Kátia Lund e John Woo são os mais consistentes e imprimem seu toque e visão pessoal de forma magistral. O italiano Stefano Veneruso e o americano Spike Lee (também em cartaz com o ótimo O Plano Perfeito) não ficam atrás. Lamentavelmente, o clã Scott destoa com seu misto de devaneio e pseudopesadelo existencial. Comparar com a filmografia anterior dos diretores é sempre complicado, já que alguns não possuem uma tão vasta, mas vale destacar que John Woo mesmo fora de seu habitat prova que é genial numa história sensível de uma menina cujo sonho é estudar. Tanza, de Mehdi Charef, apresenta a situação na África, onde a guerra civil é uma constante em muitas regiões, recrutando crianças e destruindo sonhos e inocências (que também se repete na vida das crianças de outros países). Blue Gipsy, de Emir Kusturica, enfoca a vida criminal que é imposta às crianças de uma família de ciganos e a vida num centro de recuperação, onde ele acaba sendo mais protegido. São dois episódios bem dirigidos, sobre o triste mundo em que vivemos.
Bilú e João, de Kátia Lund, co-diretora de Cidade de Deus, é aquela realidade mais próxima de nós que preferimos ignorar ou que fingimos não ver. Os protagonistas, um irmão e irmã, se esforçam para tentar ter uma vida digna trabalhando noite e dia coletando material para reciclagem. Quando deveriam estar tendo outra vida.
Um episódio belo, sensível e poético, com um final congelado para recordarmos depois. Song Song & Little Mao, é a mais emocionante das históriOas, contrastando o universo de uma menina rica e triste, com a separação dos pais, e uma órfã que queria estudar.
Em diversos momentos a sensação é de impotência, reconhecendo que aquelas situações acontecem no mesmo tempo que estamos ali assistindo um filme enquanto crianças ao redor do planeta estão sendo privadas de sua infância. O fato de ampliarmos nossa consciência, já pode ser considerado um primeiro passo. Ir atrás de soluções é melhor ainda. A produção de Chiara, Veneruso e Maria Grazia Cucinotta aborda de maneira singular a infância em risco diante da criminalidade, violência, trabalho infantil, agressão física e muita irresponsabilidade dos pais. Alguns dos temas que chocam, mas mostram a realidade na telona. Uma verdade que acaba sendo igual em qualquer canto do mundo, mas que muita gente prefere fingir que não vê.

O mestre das Fugas - A temática pode parecer repetitiva, mas é facilmente transponível para nossa realidade: a criminalidade infantil.
O filme conta a história real, ocorrida no final dos anos 70, de Juan Carlos Delgado, um garoto de 11 anos que, sob o codinome "El Pera", chefiava uma gangue na periferia de Madrid, responsável por inúmeros e violentos assaltos a lojas, roubos de veículos e outros crimes.
O que muda é que este garoto, depois de apanhar de seu pai em casa, passar por reformatórios convencionais, delegacias de polícia, e morar nas ruas, dentro de veículos roubados, numa rotina de violência e drogas, finalmente chega a um reformatório diferente, com uma proposta de realmente recuperar os menores, tratando-os com respeito e dignidade.
Juan Carlos Delgado, o menor delinqüente, tornou-se piloto profissional de automobilismo (devido à sua incrível habilidade ao volante desde aquela idade), e hoje, totalmente recuperado, é jornalista de diversas publicações especializadas na área, além de prestar serviços de treinamento de direção evasiva para departamentos de polícia na Espanha.
Então proponho a difícil discussão sobre a forma de tratar os delinqüentes juvenis. Há pouco tempo, o país ficou chocado pelo crime hediondo de um menor que, ao assaltar o veículo de uma senhora, arrastou seu filho pequeno por quilômetros, matando-o a sangue frio.
"O Mestre das Fugas" até nem é um grande filme, tem diversos problemas de direção, roteiro, acabamento das cenas, mas o argumento me chamou a atenção, porque nos confronta com um grande problema que talvez não queiramos olhar de frente.
Por: Isadora Queiroz

Dicas de Livros

Criminalidade Infantil

Inferno de Patrícia Melo retrata o cotidiano violento em uma favela carioca. Ao acompanhar a trajetória de Reizinho, olheiro de traficantes desde os onze anos, num mundo onde o poder é conquistado à força, o leitor se dá conta que muitas vezes a violência está onde menos se espera.
Um trecho do livro:
"Sol, piolhos, trambiques, gente boa, trapos, moscas, televisão, agiotas, sol, plástico, tempestades, diversos tipos de trastes, funk, sol, lixo e escroques infestam o local. O garoto que sobe o morro é José Luís Reis, o Reizinho. Excluindo Reizinho, ninguém ali é José, Luís, Pedro, Antônio, Joaquim, Maria, Sebastiana. São Giseles, Alexis, Karinas, Washingtons, Christians, Vans, Daianas, Klebers e Eltons, nomes retirados de novelas, programas de televisão, do jet set internacional, das revistas de cabeleireiras e de produtos importados que invadem a favela.
Subindo. Ruas de terra batida. Onze anos, o garoto, Reizinho. Pipa nas mãos. Pés descalços. Short laranja. Uma menina acena para a câmera do cinegrafista. É comum se deparar com uma equipe telejornalística na favela. A garota diz que sabe sambar. E sabe. Projeta o traseiro em direção à câmera, saracoteia, sensual. Durante a caminhada morro acima, domésticas sorriem para ele, passam, crianças, gente indo para o trabalho, oi Reizinho, pedreiros, cumprimentam, crianças, cachorros, eletricistas, oi, acenam as mãos, latem, cadelas, babás e digitadores, cachorros, encanadores, gigolôs, porteiros, ladrões de carros, crianças, sorriem, moças nas janelas, manobristas, assaltantes, costureiras, sorriem, traficantes de armas, o local é tumultuado, crianças, lamentos, é barulhento, confuso, entulhado, sujo e colorido. Sempre imaginava o pai branco, apesar de estar farto de ver nas duas únicas fotos que roubara da mãe o pai preto, bem preto. Bonito, o pai. Justo, correto, honesto, o pai, preto, não no sonho. Toda vez o pai lhe explicava que era mentira o que diziam a seu respeito, as histórias de que saíra de casa para comprar cerveja, com um vasilhame nas mãos, e nunca mais voltara. Calúnias nojentas. Cirrose era calúnia, os porres, as surras, as amantes, calúnias e mais calúnias. Os encontros com o pai não ocorriam apenas quando estava no sofá, dirigindo, mas também quando rolava na cama, insone, e, vrum, era motorista de táxi. Mas não gostava de encontrar o pai dessa forma. Melhor era quando o pai o esperava na porta de casa. Vamos ao McDonald's. Vamos ao cinema. Vamos comer pipoca. Vamos conhecer a Bahia. Vamos caçar marimbondos. Era fácil ser proprietário de uma frota de marimbondos, seguindo as instruções do pai: capturá-los em dias chuvosos, nas poças, arrancar-lhes os ferrões, amarrá-los em linhas e vê-los voar, escravos. Outra coisa que o pai lhe ensinou, nos sonhos, foi usar a vassoura como microfone e repetir palavras que se falam na televisão, déficit, rentabilidade, mercado imobiliário, empréstimos bancários, câmbio. As pessoas na televisão, quase todas, eram muito queridas pelo Reizinho. Mas Reizinho não estava ali nos píncaros do morro do Berimbau para brincadeiras. Era um observador profissional. E gostava de observar, não daquela forma, do alto, o conjunto, toda a favela, os barracos, a multidão. Gostava dos detalhes. Observava apenas as pessoas. As mulheres. Os homens. As crianças. E os cachorros. E seu trabalho era exatamente este, olhar. Os maconheiros eram os mais fáceis de ser reconhecidos, tranqüilos, displicentes, muito diferentes dos cocainômanos, estes sim tensos e só menos apressados que os usuários de crack e drogas mais pesadas. Neguinho viciado tem vida difícil, explicara-lhe Miltão, o líder do tráfico no morro do Berimbau e namorado da Suzana, a vizinha linda de morrer, neguinho rouba, dizia Miltão, neguinho vende qualquer traste que encontra em casa e corre para cá, para aliviar, é uma verdadeira bosta, a vida do viciado. E se o vício for heroína, muito pior. Porque neguinho sente uma sensação deliciosa de estar descendo a montanha-russa, na primeira vez, e, depois, neguinho se droga para não ficar tremendo e suando e cagando na cama. Uma merda. Todo esse blablablá, dizia Miltão, é só para passar o meu recado: não se meta com drogas, pirralho. Nunca. Se você quer ser um traficante de verdade, fique longe do crack, da erva, do pó e de tudo gostoso que vendemos aqui.
Não tinha a menor importância se quem subia o morro era branco, preto, viciado, jornalista, caridosa profissional ou bacana aventureiro, a ordem era simples e clara, os traficantes deviam saber tudo a respeito de quem entrava na favela. Desconfiem de todo mundo, dizia Miltão, até de turista que vem bando, em jipes fretados, pagando para ver esgoto e pobreza. Entrou, deve ser checado. E se neguinho não disser lé com cré, advertia, neguinho se fode comigo. Havia um código orientando a movimentação das pipas no céu. Quando crianças como Reizinho desapareciam subitamente dos pontos de observação e as pipas sumiam do horizonte, os traficantes sabiam exatamente como agir.
Naquela manhã, Reizinho se acomodou no mirante e depois de duas tediosas horas de trabalho, vigiando a entrada da favela, o movimento, as vielas, as antenas, os telhados, as pessoas, as lavadeiras.


Minichefão de Lúcia Pimentel Góes - Para conscientizar sobre as conseqüências do problema da criança que sofre com a desigualdade social e injustiças no Brasil, a PAULUS Editora lança Minichefão, um livro que conta a história de "um menino que vive no mundo das drogas, dos tiros e assaltos.
Bilé é mais uma criança da periferia que tem seus sonhos e desejos limitados pela pobreza e que por isso é empurrado para a escola do crime. Ali, Bilé consegue a mais alta graduação: Minichefão. Diante da violência, do abandono, da fome, Bilé usa os sonhos e a fantasia para imaginar uma vida diferente, digna e feliz. O menino passa a viver dois mundos, um que ele construiu e o outro que a dura realidade lhe deu". Minichefão é um retrato da realidade transformado em livro e coloca o leitor diante do problema muito discutido, mas pouco estudado. Conhecer as conseqüências da criminalidade é dever de todos, e mais do que um problema social, a criminalidade infantil compromete cada vez mais a construção de um futuro melhor." A autora, Lúcia Pimentel Góes, é professora universitária e tem presença atuante no movimento de literatura e educação e também já trabalhou como editora de literatura infantil e juvenil. Nasceu no estado de São Paulo, fez mestrado e doutorado na USP, ambos voltados para a Literatura Infantil e Juvenil.



Falcão Meninos do Tráfico de Mv Bill e Celso Athayde - Este livro é um contundente relato pessoal dos autores sobre os bastidores da produção de um documentário explosivo que mostra, como nunca foi visto antes, o universo dos meninos que trabalham no tráfico de drogas em diversas partes do país.
Celso e Bill revelam as experiências dramáticas que viveram antes e durante a realização do documentário Falcão, em narrativas que preferiram escrever em primeira pessoa, numa linguagem franca e direta. Ao longo do livro os autores também discutem temas polêmicos como racismo, segurança pública, repressão policial e a importância do Hip Hop para a juventude que vive nas favelas. Com uma câmera na mão e a coragem de enfrentar o inesperado, Bill e Celso recolheram imagens e depoimentos estarrecedores ao longo de seis anos. Dos 17 meninos entrevistados, 16 morreram ao longo da produção do documentário. O objetivo dos autores foi mostrar o lado humano destes jovens. Suas razões, suas angústias, suas loucuras, seus sonhos, suas maldades e contradições. "Não queremos, com este livro, apresentar soluções para a criminalidade infantil, induzir opiniões, ou fazer uma análise profunda baseada em teorias para explicar o motivo dessa tragédia. Pretendemos simplesmente narrar as dificuldades que fizeram parte do nosso dia-a-dia, durante as gravações do documentário Falcão. Fatos que ficaram marcados em nossa consciência, em nossa alma."
Vidas e talentos atolados no abandono e no descaso social. Cenas cruas de desumanização e degradação de seres humanos que, ainda assim, resistem e sonham até a próxima bala perdida ou intencional. É essa realidade dantesca que MV Bill e Celso Athayde retratam, com a viva esperança de que as notícias que trazem desse outro mundo possam ecoar onde ainda existam indignação, solidariedade e compaixão."



Por: Isadora Queiroz

Criminalidade Infantil

QUEM SÃO OS MENORES CRIMINOSOS?



A violência e o crime têm se tornado problema cada vez mais agudo, especialmente nas grandes cidades. Para muitos, os principais responsáveis por essa sensação generalizada de insegurança são os jovens. A reação mais comum, não apenas do público, mas de muitas autoridades e de parte da imprensa, é culpar o Estatuto da Criança e do Adolescente, pedir mais polícia, e, especialmente, mais cadeia. Só com a prisão a paz seria restabelecida.

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, infrações leves devem ser punidas, preferencialmente, com medidas que ofereçam oportunidade de educação e reinserção do jovem na sociedade. Nesses termos, a medida de internação só deve ser aplicada na impossibilidade de outra medida e naqueles casos em que se comprove grave ameaça, reiteração no cometimento da infração e descumprimento de medida imposta, seguindo os princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.
Não se trata mais de saber se o jovem com 16 ou 17 anos tem ou não capacidade de entendimento do caráter ilícito de seu ato infracional e de se determinar conforme esse entendimento. É claro que a grande maioria dos jovens tem esse discernimento e essa possibilidade de autodeterminação, principalmente em relação aos atos infracionais mais graves. Para esses adolescentes infratores, o ECA prevê a aplicação de uma medida sócioeducativa, consistente na privação de liberdade, mediante internamento em estabelecimento educacional, pelo prazo máximo de 03 anos (art. 121 e segs.).
A questão, na verdade, é de natureza política e consiste em saber se queremos reprimir e castigar ou, ao contrário, educar e proteger as crianças e adolescentes, que vivem numa sociedade tão desigual e, por isso mesmo, tão opressiva e violenta. Entendemos que a segunda alternativa é a mais correta e justa. Mais, ainda: diante dos desajustes, das desigualdades e das injustiças que caraterizam a realidade sócioeconômica e cultural brasileira, entendemos que essa é a única solução ética e politicamente legítima.

Na verdade, as reais causas do índice de criminalidade entre jovens, além das desigualdades e exclusão social, que os impedem de gozar plenamente do direito à vida, à habitação, à liberdade, à saúde, à educação e à busca da felicidade, consistem, também, na ausência de referenciais éticos e morais, na desestruturação familiar e na crise de valores. Portanto, a solução dos problemas que derivam da criminalidade infanto-juvenil não reside nas fórmulas autoritárias de redução da idade-limite da imputabilidade penal e nem na internação habitual dos jovens infratores. É preciso, antes, respeitar-lhes os direitos básicos garantidos pela Constituição Federal Brasileira, pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e Convenções Internacionais subscritas pelo Brasil - Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança, Regras Mínimas das Nações Unidas para a administração da infância e da juventude, Regras Mínimas das Nações Unidas para a Proteção de Jovens Privados de Liberdade.

Cabe aos Poderes Públicos, em seus três níveis, e à Sociedade Civil começarem a trabalhar conjuntamente para sanar este problema.

Precisamos romper com a cultura tradicional de combater apenas as conseqüências, sem atuar nas causas. O Estatuto da Criança e do Adolescente abre o caminho para que todo a política de atenção à criança e ao adolescente seja transformada, e as medidas sócio-educativas por ele preconizadas são instrumentos para tal. Elas precisam ser implantadas e implementadas na sua plenitude, pois são meios realmente eficientes para o controle da criminalidade infanto-juvenil.
Dessa forma, ao incentivar a aplicação de medidas socioeducativas, o prêmio procura quebrar o ciclo de formação de criminosos, bem como da impunidade, diminuindo a reincidência, além de criar nesses adolescentes a consciência de seu papel na sociedade. Uma sociedade que talvez tenha perdido de vista o sentido profundo da dignidade não pode negar a perspectiva de um futuro melhor àqueles que são vítimas de sua miséria social e ética. Que todos os jovens possam assim sonhar.


Reflexão do texto:

Os jovens, principalmente aqueles de uma classe social menos favorecida, formam o grupo de pessoas mais vulnerável a entrar no mundo do crime por estar numa fase que deseja muito consumir. Sabemos que muitas das propagandas atinge principalmente esse público e isso aumenta a vontade de querer comprar.

Imagine um jovem da periferia que se esforça muito para conseguir um emprego, mas recebe pelo caminho muitos "não". Ele tenta conseguir um trabalho para poder ter o seu dinheiro mas não consegue, aí esse jovem revoltado entra no mundo do crime, pois há também sobre ele uma pressão da sociedade em estabelecer que os melhores são aqueles que possui objetos caros e muito dinheiro.Logo o único meio que resta para esse indivíduo conseguir isso é através do crime.

É uma situação lamentável ver que "o futuro do nosso país", já está sem esperanças, topando entrar na criminalidade por não achar outra solução.

Por: Isadora Queiroz

O crime e a impunidade

A causa do crime não é a impunidade. Ao contrário, a impunidade é efeito do crime e que acaba contribuindo para que mais crimes sejam praticados. A finalidade de nossa luta tem que ser o fim do crime, não o fim da impunidade, até porque a impunidade deixará de existir se crimes deixarem de ser praticados.
Os privilegiados dizem que a causa da criminalidade é a impunidade. Estão errados. Ainda que a impunidade seja erradicada, crimes não deixarão de ser praticados. A impunidade é apenas uma consequência do crime. Pode haver crime e não haver impunidade mas não pode haver impunidade sem existir crime.
A principal causa da criminalidade é econômica: são as desigualdades sociais. A impunidade é apenas um efeito que, se não combatido, acaba agravando a criminalidade. Se a nação brasileira decidir combater apenas os efeitos da criminalidade, ou seja, se apenas reduzir a maioridade penal, deixando intactas as suas causas, que são as desigualdades sociais, vai ter voltado suas costas para o futuro. Temos que lutar para erradicar os crimes, não para puní-los.
(Erick do site midiaindependente.org)

Reflexão do texto:
No texto é abordado um importante tópico que seria a impunidade. Eu concordo totalmente com o autor, principlamente quando ele diz que a principal cauda da criminalidade são as desigualdades entre as pessoas e que devemos então lutar contra a violência buscando primeiramente uma sociedade mais pacífica. Não podemos punir um criminoso sabendo que em outros lugares há muito mais dele ou piores que ele, tem que ser o mal cortado pela raiz.
Por: Isadora Queiroz

Música



CRIMINALIDADE - EDSON GOMES





"É tanta violência na cidade
Brother é tanta criminalidade
As pessoas se trancam em suas casas
Pois não há segurança nas vias públicas
E nem mesmo a polícia pode impedir
As vezes a polícia entra no jogo


A gente precisa de um super-homem
Que faça mudanças imediatas
Convém mesmo a polícia pode destruir
Certas manobras organizadas

É tanta violência na cidade
Brother é tanta criminalidade


A lua já não é mais dos namorados
Os velhos já não curtem mais as praças
E quem se aventura pode ser a última
E quem se habilita pode ser o fim

A gente precisa de um super-homem
Que faça mudanças imediatas
Convém mesmo a polícia pode destruir
Certas manobras organizadas
Não tudo um dia vai passar
Sei que tudo um dia vai mudar "



Reflexão da música:
Com um intuito de melhoria de vida e sonhos,muitos jovens vão em busca do tráfico,da marginalidade,sujando,na maioria das vezes,a mão com o sangue da primeira vítima.Muitas das agressividades nos fazem pensar sobre a importância da família como a formadora da primeira identidade social,que se torna responsável pelas diversas formas com que os filhos irão lidar posteriormente com os limites impostos pela vida em sociedade.


Por: Luciene Costa


As Causas da Criminalidade

Raciocine: um país onde cada habitante recebe em média US$ 3.000 por ano e produz riqueza econômica próxima à do Canadá, nação de Primeiro Mundo, deve ter índice de criminalidade muito menor do que um outro, miserável, que gera 65 vezes menos riqueza e tem renda por habitante abaixo de US$ 500?
A resposta é não. O Brasil, o primeiro país do exemplo acima, tem, proporcionalmente à população, 10 vezes mais homicídios por ano do que Gana, o país pobre.
A principal causa da criminalidade não está na pobreza em si, mas na disparidade entre ricos e pobres num mesmo lugar.
É isso que explica, segundo especialistas em segurança pública de vários países, porque a sociedade brasileira tem a maior média de homicídios do mundo, entre os países que não estão em guerra ou sofrendo com guerrilhas.
O Brasil detém também o título de campeão mundial da desigualdade social, conferido pelo Banco Mundial, que divulgou estudo no mês passado informando que, aqui, os 20% mais ricos concentram 32 vezes mais renda do que os 20% mais pobres.
Cresce a desigualdade e cresce a violência. Na Grande São Paulo, por exemplo, a taxa de homicídios anual por grupo de 100 mil habitantes aumentou 83% entre 1984 e os primeiros meses de 95.
O nível de desigualdade social é uma das poucas causas da criminalidade que podem ser quantificadas. Tabela feita pela Folha, com alguns países que possuem estatísticas sobre homicídios, demonstra que, quanto maior a desigualdade social, maior a violência.
Outros fatores, como racismo, alcoolismo, drogas, facilidade de comprar armas e o baixo índice de escolaridade também pesam e agravam o problema. Mas o fato é que as cidades mais violentas do planeta têm como característica comum a desigualdade acentuada entre ricos e pobres.
Pelas estatísticas, nos países onde não há grandes diferenças sociais, mesmo que sejam muito pobres, a criminalidade é baixa. O exemplo de Gana, localizado no oeste da África é eloqüente, com 2,1 casos de homicídio para cada 100 mil habitantes. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, a média de casos de homicídios, por ano, por grupo de 100 mil habitantes, é 19,4. Este dado é de 1990. Hoje, estima-se em 21.

No Rio de Janeiro, foi 56. Nos EUA, em 93, a média de homicídios foi de 8,4. No Japão, de 1,2.
Segundo o médico e pesquisador do Centro de Estudos de Cultura Contemporânea, Marcos Akerman, que esteve em Acra, capital de Gana, para comparar a cidade com São Paulo, "não é a pobreza absoluta que causa a violência, mas a pobreza relativa, quando um tem mais do que o outro".
É o caso do México, onde a crise econômica tem aumentado o fosso entre ricos e pobres, fazendo crescer a criminalidade.
A informação é do criminalista e professor de direito da Universidade Nacional do México, Rafael Ruiz Harrell.
"Nos dois últimos anos, temos tido uma crise severa. Em 94, cresceu 27% a delinqüência em relação a 93. Este ano, nos primeiros sete meses, a delinquência deve aumentar 50% em relação a 94, na Cidade do México", diz.

Para a professora de sociologia econômica da Faculdade de Economia e Administração da USP, Ana Maria Bianchi, "quando há riqueza e opulência convivendo com a miséria, aumenta o sentimento de privação do indivíduo, levando-o à violência".
Segundo Ana Maria, a "sociedade exige o sucesso e a ascensão de seus membros, mas não oferece oportunidades, levando as pessoas a buscarem isso de forma ilegal.

LUIS HENRIQUE AMARAL



Reflexão do texto:

A profunda deseigualdade social que existe no mundo, fruto do neoliberalismo, aumenta cada vez mais os índices de criminalidade e violência. Algumas das soluções para essa situação todos nós já conhecemos: emprego, bons salários para todos, educação e oportunindades para os jovens.Porém o tempo passa e nós percebemos que nada disso é feito e ficamos sem esperanças de conquistar no futuro uma sociedade mais igualitária e,consequentimente mais pacífica.


Por: Isadora Queiroz

Música: The scientist - Coldplay


Estou indo te encontrar

Te dizer que eu sinto muito

Você não sabe quão adorável você é

Eu tive que encontrar você

Te dizer que eu preciso de você

E te dizer que eu te deixei de lado

Me conte seus segredos

E me pergunte suas dúvidas

Oh vamos voltar para o começo

Correndo em círculos

Atrás de nossos rabos

Pensando no silêncio quebrado

Ninguém disse que era fácil

Oh é mesmo uma pena nós nos separarmos

Ninguém disse que era fácil

Ninguém nunca disse que seria tão difícil

Oh leve-me de volta ao começo

Eu há pouco estava adivinhando

Números e dígitos

Solucionando os quebra-cabeças

Questões de ciência

Ciência e progresso

Não falam tão alto quanto meu coração

Diga-me que me ama

Volte e me abrace

Oh e eu corro para o começo

Correndo em círculosPerseguindo rabos

Voltando para o que nós somos

Ninguém disse que era fácil

Oh é mesmo uma pena nós nos separarmos

Ninguém disse que era fácil

Ninguém nunca disse que seria tão difícil

Eu estou voltando para o começo

Reflexão da música:

Tudo que fazemos das nossas vidas,no futuro terá consequências,seja ela boa ou ruim.Como se diz o ditado:"plantamos o que colhemos",ou seja,se você fizer o bem, pensar nos outros, apoiar os outros e fizer por merecer, certamente você receberá em troca. Talvez não das pessoas que você imagina, mas muitas vezes de quem você menos espera. Mas o que mais importa é você ter a consciência de que tudo tem o seu retorno.As pessoas que entram no mundo do crime,por exemplo,não entarm por que querem,mas sim por falta de oportunidades no mundo em que vivem.Mas é importante ressaltar que existem aqueles que se arrependem,o perdão existe.Então esses indivíduos refletem e tomam um rumo nas suas vidas.

Por: Luciene Costa

Reflexão do Poema '' O Homem, as viagens''

Nesse poema o autor deixa uma profunda síntese da alma humana como curiosa, desejosa e insaciável.

Ele descreve um homem que a geografia desconhecida não assusta e aquele que está sempre querendo colonizar e dominar.

Busca lugares novos e diferentes mas, se esquece que aquilo que é desconhecido depois que se conhece, deixa de ser interessante e passa a ser igual a tudo que ele já tinha dominado antes.

Por isso o ser humano sai constantemente em busca de diversos ambientes, sem entender que a real viagem que devemos fazer é para o nosso interior, para nos conhecermos melhor e proporcionar a harmonia nas relações entre as pessoas.

A satisfação humana só é proporcionada através de sociedades mais fraternas, solidárias e sócio-ambientalmente justas.

Por: Isadora Queiroz

O Homem, as viagens


O homem, bicho da Terra tão pequeno
chateia-se na Terra
lugar de muita miséria e pouca diversão,
faz um foguete, uma cápsula, um módulo
toca para a Lua
desce cauteloso na Lua
pisa na Lua
planta bandeirola na Lua
experimenta a Lua
coloniza a Lua
civiliza a Lua
humaniza a Lua.
Lua humanizada: tão igual à Terra.
O homem chateia-se na Lua.
Vamos para Marte — ordena a suas máquinas.
Elas obedecem, o homem desce em Marte
pisa em Marte
experimenta
coloniza
civiliza
humaniza Marte com engenho e arte.
Marte humanizado, que lugar quadrado.
Vamos a outra parte?
Claro — diz o engenho
sofisticado e dócil.
Vamos a Vênus.
O homem põe o pé em Vênus,
vê o visto — é isto?
idem
idem
idem.
O homem funde a cuca se não for a Júpiter
proclamar justiça junto com injustiça
repetir a fossa
repetir o inquieto repetitório.
Outros planetas restam para outras colônias.
O espaço todo vira Terra-a-terra.
O homem chega ao Sol ou dá uma volta
só para tever?
Não-vê que ele inventa
roupa insiderável de viver no Sol.
Põe o pé e:
mas que chato é o Sol, falso touro
espanhol domado.
Restam outros sistemas fora
do solar a colonizar.
Ao acabarem todos
só resta ao homem
(estará equipado?)
a dificílima dangerosíssima viagem
de si a si mesmo:
pôr o pé no chão
do seu coração
experimentar
colonizar
civilizar
humanizar
o homem
descobrindo em suas próprias inexploradas
entranhas
a perene, insuspeitada alegria
de com-viver.
Carlos Drummond de Andrade